domingo, 18 de novembro de 2012

MOOC EAD

Primeiro MOOC em língua portuguesa criado pelos professores João Mattar e Paulo Simões. Vale a pena conferir!!! Confira: http://moocead.blogspot.com.br/

sábado, 14 de agosto de 2010

EaD e formação continuada

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR

Maria Elisabette Brisola Brito Prado1
Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida 2

Evidencia-se cada vez mais a procura por novas possibilidades de aprendizagem por parte dos profissionais que atuam em diversas áreas do conhecimento. Este fato é decorrente das demandas da sociedade atual, que se caracteriza pelo dinamismo do conhecimento, pelo avanço da tecnologia e pelo desenvolvimento humano na sua dimensão intelectual, afetiva e social, tornando o processo de ensino e aprendizagem mais complexo. Se, por um lado, para lidar com essas características é preciso que o profissional tenha uma predisposição para aprendizagem ao longo da vida (Valente, 2001; Belloni, 1999), por outro lado, as propostas de cursos de formação continuada do professor devem estar voltadas para questões que possam desencadear nos participantes uma postura reflexiva e investigativa da sua própria ação, potencializando-os para a busca constante de novas aprendizagens e compreensões, apontando para um novo paradigma de formação.
No contexto de formação continuada do professor, a educação a distância via Internet tem se tornado uma referência para o desenvolvimento de propostas que enfatizam a interação entre os participantes e o desenvolvimento do trabalho colaborativo. Nesta perspectiva, existem experiências especificamente de cursos 3 de formação do professor e/ou multiplicadores para atuar com a informática no contexto da escola, que vêm sendo realizadas nos últimos anos praticamente por três grupos de pesquisadores 4, ligados à Universidades, como o Laboratório de Estudos Cognitivos, LEC da UFRGS, o Núcleo de Informática aplicada à Educação, NIED da UNICAMP e o Programa de Pós-Graduação da PUCSP. Embora estas experiências tenham marcas e caminhos singulares, que representam a identidade de cada grupo, o denominador comum entre elas tem sido o de agregar a prática pedagógica do professor no processo de formação. Além deste aspecto, os grupos compartilham dos princípios teóricos que privilegiam o processo interativo e a (re)construção do conhecimento (Prado & Martins, 2001; Nevado, et al, 2002; Almeida, 2002; Prado & Valente, 2002).
Esta preocupação é a de contemplar o cotidiano do professor no processo de formação fundamenta-se nos estudos e nas análises sobre experiências com formação de professores para o uso pedagógico do computador na escola (Valente, 1999; Almeida, 2000; Prado, 1999) Estes autores constataram que o fato de o professor aprender a utilizar o computador e a saber dizer sobre uma determinada teoria educacional não era suficiente para colocar em prática estes conhecimentos, ou seja, recontextualizá-los na sua atuação com os alunos. Foi refletindo sobre esta problemática e articulando-a com referências teóricas de autores como: Schon (1992; 1983), Gómez (1992), Zeichnner & Liston (1996), Imbernón (1998), Perrenoud (1999), que foram elaboradas e colocadas em ação novas propostas de formação de professores numa perspectiva contextualizada e reflexiva.
Assim, fundamentados nessa nova perspectiva, foram realizados cursos que explicitaram ser este caminho propício à recontextualização do conhecimento na e para a prática do professor. Além disso, outros fatores intervenientes do processo educacional foram evidenciados, como por exemplo: a falta de articulação entre a gestão escolar e a gestão de sala de aula tanto pode dificultar como viabilizar o desenvolvimento de novas dinâmicas de trabalho do professor no uso do computador com os alunos (Almeida, 2000). O fato é que esta abordagem de formação, ao mesmo tempo que revelava este potencial de permitir a recontextualização, ou seja, favorecia ao professor refletir sobre a sua prática, compreendê-la e reconstruí-la, tornava-se, lamentavelmente, restrita em termos operacionais, devido à organização do tempo/espaço da escola e dos cursos presenciais.
Mas, em pouco tempo, o efeito do avanço da tecnologia com a disseminação da Internet tornou-se um grande aliado neste cenário da formação continuada do professor. Por meio de cursos a distância, está sendo possível atender tanto aos interesses dos professores na busca de novas aprendizagens relacionadas às suas reais necessidades, como aos aspectos organizacionais e outros próprios da tecnologia, para viabilizar a abordagem contextualizada e reflexiva de formação. Isto de fato aconteceu com a realização de um curso de especialização destinado para professores e multiplicadores da rede pública, que foi desenvolvido tendo grande parte da sua carga horária a distância.

Disponível em:
http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2002/te/tetxt1.htm